Às vezes na correria do dia-a-dia e até quando a grana está curta, fica difícil viajar e conhecer lugares novos. Então resolvi dar algumas dicas de lugares pertinho, na grande São Paulo, onde podemos fazer um bate e volta, gastar pouco e aproveitar o final de semana na natureza, ou apreciar uma gastronomia diferente.
A dica de hoje é Paranapiacaba, a vila inglesa de Santo André, no ABC paulista.
A 50 quilômetros da capital o local atrai visitantes por seu passado histórico, festivais, trilhas, clima bucólico e sua arquitetura de herança inglesa.
A pequena vila, no meio da mata atlântica foi ocupada pelos ingleses no final do século XIX para a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí. Até hoje a vila é cheia de ícones dessa época, como construções e maquinários. O lugar também abriga um roteiro de trilhas e a primeira reserva biológica da América Latina.
O mais legal deste passeio é que é possível chegar de trem, através do Expresso Turístico. O trajeto é realizado aos domingos, o passageiro tem a opção de embarque às 8h30 na Estação da Luz em São Paulo ou às 9h na Estação Prefeito Celso Daniel em Santo André. O retorno ocorre às 16h30 em Paranapiacaba.
A viagem é feita a bordo de uma locomotiva reformada, que foi fabricada no Brasil na década de 50. O percurso dura 1h30, corta a região do ABC e segue em direção à Serra do Mar, passando pela rota do café, proporcionando ao turista uma viagem no tempo. Durante a viagem um guia conta algumas curiosidades e fatos históricos sobre as paisagens e construções que vemos no caminho.
A passagem do Expresso Turístico pode ser adquirida nas bilheterias das estações Luz e Prefeito Celso Daniel, das 9h às 18h. Porém as passagens normalmente esgotam no mesmo dia em que começam as vendas, então é recomendado ficar de olho no site da CPTM (www.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/ExpressoTuristico/Pages/Vagas-e-Calendario) e logo que a venda for liberada se dirija a estação para comprar antes que esgote.
Chegando na cidade já começam as atrações. De longe já vemos o Big Ben, relógio construído no final do século XIX. Inspirado no relógio londrino, para regular os horários de saída dos trens e para que os operários não perdessem o horário de trabalho.
No topo de uma colina é possível avistar o Museu Castelo, um casarão que foi moradia do engenheiro chefe da vila. Sua localização foi pensada para controlar todo o funcionamento da ferrovia e o trabalho dos operários. Hoje, o lugar guarda móveis antigos, fotos, documentos e um pequeno acervo de equipamentos ferroviários.
Infelizmente no dia que fui o museu estava fechado para manutenção, mas a subida até lá valeu a pena. A vista é muito bonita, de onde é possível até ver o mar. Não é à toa que a palavra "Paranapiacaba" veio do tupi, que significa "lugar de onde se vê o mar".
A vila tem muita história para contar, então há outros museus como o Museu Funicular onde estão as oficinas, locomotivas, casa de máquinas antigas, ferramentas, fotos de ex-funcionários e vagões que foram usados no período imperial para transportar D. Pedro II.
Todas essas máquinas antigas compostas junto a natureza formam um cenário lindíssimo. O acesso ao museu é feito pela passarela que passa sobre os trilhos da ferrovia, de onde também se tem uma vista privilegiada. O acesso ao museu custa R$5.
Dentre as construções antigas também se destaca a igreja do Bom Jesus, uma capela bem simples onde se vê as marcas do tempo. Localizada no alto do morro, de lá conseguimos ver a estação ferroviária e o centrinho da Vila.
Outra atração da cidade são as trilhas, com diferentes níveis de dificuldade, espalhadas pelo Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba. Algumas tem acesso a piscinas naturais e com vista para o mar e o o polo industrial de Cubatão.
FESTIVAL DO CAMBUCI
Mas a atração principal que nos chamou atenção para irmos até Paranapiacaba no mês de abril foi o Festival do Cambuci. Cambuci é um fruto típico da Mata Atlântica, de sabor azedinho muito encontrado na região e sempre foi utilizado na culinária pelos moradores.
Durante o festival são montadas barracas de alimentação e artesanato no Antigo Mercado, lá, em restaurantes e por toda a cidade encontramos diversas iguarias feitas com o fruto como galinha caipira, costela, tapioca, pudim, geleias, sorvetes, sucos, licores e cachaça tudo preparado com cambuci.
É possível experimentar diversos sabores, o que mais gostar é só comprar se deliciar e até levar para casa.
Além das comidas feitas pelo fruto a vila oferece boas opções gastronômicas, com vários restaurantes que oferecem uma comida caseira deliciosa, com aquele saborzinho de interior.
Em julho a cidade também atrai milhares de turistas com o festival de inverno que oferece atrações musicais com estrelas da MPB, rock, música clássica e intervenções artísticas espalhadas pelas vielas transformando Paranapiacaba em um museu a céu aberto.
As 16h30 voltamos para a estação ferroviária e pegamos o trem de volta, depois de um dia muito relaxante em família, com cheirinho de natureza, gostinho de comida caseira e vistas lindas de paisagens junto a construções históricas.
A Carla já foi para o local, mas enfrentou um clima bem diferente como é possível ver aqui..
Alguém tem vontade em ir?
A dica de hoje é Paranapiacaba, a vila inglesa de Santo André, no ABC paulista.
A 50 quilômetros da capital o local atrai visitantes por seu passado histórico, festivais, trilhas, clima bucólico e sua arquitetura de herança inglesa.
A pequena vila, no meio da mata atlântica foi ocupada pelos ingleses no final do século XIX para a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí. Até hoje a vila é cheia de ícones dessa época, como construções e maquinários. O lugar também abriga um roteiro de trilhas e a primeira reserva biológica da América Latina.
O mais legal deste passeio é que é possível chegar de trem, através do Expresso Turístico. O trajeto é realizado aos domingos, o passageiro tem a opção de embarque às 8h30 na Estação da Luz em São Paulo ou às 9h na Estação Prefeito Celso Daniel em Santo André. O retorno ocorre às 16h30 em Paranapiacaba.
A viagem é feita a bordo de uma locomotiva reformada, que foi fabricada no Brasil na década de 50. O percurso dura 1h30, corta a região do ABC e segue em direção à Serra do Mar, passando pela rota do café, proporcionando ao turista uma viagem no tempo. Durante a viagem um guia conta algumas curiosidades e fatos históricos sobre as paisagens e construções que vemos no caminho.
A passagem do Expresso Turístico pode ser adquirida nas bilheterias das estações Luz e Prefeito Celso Daniel, das 9h às 18h. Porém as passagens normalmente esgotam no mesmo dia em que começam as vendas, então é recomendado ficar de olho no site da CPTM (www.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/ExpressoTuristico/Pages/Vagas-e-Calendario) e logo que a venda for liberada se dirija a estação para comprar antes que esgote.
Chegando na cidade já começam as atrações. De longe já vemos o Big Ben, relógio construído no final do século XIX. Inspirado no relógio londrino, para regular os horários de saída dos trens e para que os operários não perdessem o horário de trabalho.
No topo de uma colina é possível avistar o Museu Castelo, um casarão que foi moradia do engenheiro chefe da vila. Sua localização foi pensada para controlar todo o funcionamento da ferrovia e o trabalho dos operários. Hoje, o lugar guarda móveis antigos, fotos, documentos e um pequeno acervo de equipamentos ferroviários.
Infelizmente no dia que fui o museu estava fechado para manutenção, mas a subida até lá valeu a pena. A vista é muito bonita, de onde é possível até ver o mar. Não é à toa que a palavra "Paranapiacaba" veio do tupi, que significa "lugar de onde se vê o mar".
A vila tem muita história para contar, então há outros museus como o Museu Funicular onde estão as oficinas, locomotivas, casa de máquinas antigas, ferramentas, fotos de ex-funcionários e vagões que foram usados no período imperial para transportar D. Pedro II.
Todas essas máquinas antigas compostas junto a natureza formam um cenário lindíssimo. O acesso ao museu é feito pela passarela que passa sobre os trilhos da ferrovia, de onde também se tem uma vista privilegiada. O acesso ao museu custa R$5.
Dentre as construções antigas também se destaca a igreja do Bom Jesus, uma capela bem simples onde se vê as marcas do tempo. Localizada no alto do morro, de lá conseguimos ver a estação ferroviária e o centrinho da Vila.
Outra atração da cidade são as trilhas, com diferentes níveis de dificuldade, espalhadas pelo Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba. Algumas tem acesso a piscinas naturais e com vista para o mar e o o polo industrial de Cubatão.
FESTIVAL DO CAMBUCI
Mas a atração principal que nos chamou atenção para irmos até Paranapiacaba no mês de abril foi o Festival do Cambuci. Cambuci é um fruto típico da Mata Atlântica, de sabor azedinho muito encontrado na região e sempre foi utilizado na culinária pelos moradores.
Durante o festival são montadas barracas de alimentação e artesanato no Antigo Mercado, lá, em restaurantes e por toda a cidade encontramos diversas iguarias feitas com o fruto como galinha caipira, costela, tapioca, pudim, geleias, sorvetes, sucos, licores e cachaça tudo preparado com cambuci.
É possível experimentar diversos sabores, o que mais gostar é só comprar se deliciar e até levar para casa.
Além das comidas feitas pelo fruto a vila oferece boas opções gastronômicas, com vários restaurantes que oferecem uma comida caseira deliciosa, com aquele saborzinho de interior.
Em julho a cidade também atrai milhares de turistas com o festival de inverno que oferece atrações musicais com estrelas da MPB, rock, música clássica e intervenções artísticas espalhadas pelas vielas transformando Paranapiacaba em um museu a céu aberto.
As 16h30 voltamos para a estação ferroviária e pegamos o trem de volta, depois de um dia muito relaxante em família, com cheirinho de natureza, gostinho de comida caseira e vistas lindas de paisagens junto a construções históricas.
A Carla já foi para o local, mas enfrentou um clima bem diferente como é possível ver aqui..
Alguém tem vontade em ir?