Como
mudei mais que minha alimentação em uma reeducação alimentar
Antes
de começar esse post vale falar que você sempre deve procurar um médico para
falar sobre emagrecimento e a real necessidade ok?
Em outubro do ano passado fui chamada para participar de
um programa de emagrecimento onde iríamos tomar os suplementos, passar por
uma dieta no/low carb e também inserir a prática de exercícios em meu
cotidiano.
COMO
FOI O INÍCIO
Começamos a dieta em uma segunda feira, como iríamos
tirar todos os carboidratos por um período de tempo não começamos os
exercícios. A primeira semana, diferente do que falaram, não foi difícil para mim. A única coisa que sentia era muito enjoo,
mas me explicaram que era por conta do corpo pedir por alimentos que ele estava
acostumado (ex: arroz, feijão e doces)
e que eu não o estava dando. Minha dieta era restrita a tudo que se pode caçar
(carnes no geral) ou que se colhe acima da terra (couve flor, brócolis, alho
poró, couve e etc). Nessa primeira semana perdi em torno de 1,5kg por apenas
ter ingerido os suplementos que me ajudaram a ir desinchando.
Na segunda semana, foi nos introduzido os exercícios e foi então que eu percebi que
muita coisa já estava mudando. Sempre fui do tipo que arrumava desculpas
para não me exercitar ou que simplesmente falava que não gostava e acabou. Na
primeira semana de exercícios eu senti dores em muitas partes do meu corpo, que
eu sequer sabia que existiam rs Mas na segunda semana de exercícios essas dores
se dissiparam. Os enjoos permaneceram, mas não me incomodavam mais tanto.
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Alguns do suplementos tomados durante o período do #Impakt60 Foto: Carla Wolf |
QUANTO
SE PODERIA COMER
Diferentes dos outros programas de emagrecimento, nesse
não havia limitações. As três refeições
obrigatórias eram: Café da manhã, almoço e jantar. Mas caso se sentisse com
fome, era permitido comer entre as refeições desde que se respeitasse o que
poderia comer.
O
QUE VOCÊ COMIA?
Café
da manhã
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Almoço
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Jantar
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Ovos
(omelete, ovo mexido)
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Arroz
de couve flor
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Salada
com proteína (dava preferência a comer com shimeji ou outro cogumelo na
manteiga)
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Chá
in natura (não tomava de saquinho)
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Lasanha
de abobrinha (você pode fazer com berinjela, mas eu não gosto)
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Avocato
– Fazia guacamole
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Queijo
amarelo quente
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Peito
de franjo recheado (com alho poró)
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Konjac
(macarrão sem carboidratos)
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||
Salada
com tomate
|
O
que eu mais tinha dificuldade era no jantar, porque nunca gostei
de comer carne no período noturno. Então sempre acabava fazendo uma salada
completa com brócolis ou couve flor e tomate ou em finais de semana comia um
filé de frango ou algo assim. Algo que também fazia aos finais de semana era
pizza com massa de frango (você poderia adicionar com couve flor também), o link para a pizza é esse.
Também percebi que comer bem sai realmente mais caro. Não
digo por conta da carne, e sim por conta de tudo que é mais saudável é mais
caro. Uma compra de shimeji, shitake, cogumelos, couve flor, brócolis, alho
poró, quiabo, pimentão, konjac, manteiga, queijo amarelo e alguns itens saía por R$200 fácil e isso
era só pra mim. Mas não que eu tenha me arrependido, mas é legal parar pra
pensar como o capitalismo quer que você coma mal, porque comprar arroz, feijão
sai facilmente mais barato (é uma comida rica em carboidrato e eu estava
fazendo uma dieta no carb).
Exemplos de alimentação café da manhã:
Imagem 1: Queijo quente com orégano, suplementos e wheyprotein (quando já havia feito os exercícios pela manhã)
Imagem 2: Omelete, chá e suplemenos
Imagem 3: Omelete, queijo e chá
Exemplos de alimentação de almoço e jantar:
Foto 1:: Pizza com massa de frango
Foto 2: Espaguete de abobrinha com quiabo, carne de panela e pimentões
Foto 3: Konjac com linguica
Foto 4: Lasanha de abobrinha com queijo e bacon
Foto 1: Abobrinha, frango desfiado e salada verde
Foto 2: Ovo, salada verde e chuchu
Foto 3: Frango, rabanete, salada verde, xuxu e couve flor
Foto 1: Frango com chuchu
Foto 2: Abobrinha com linguica
Foto 3: Salsicha com guacamole
Foto 4: Arroz de brócolis com frango
Foto 1: Queijo parmesão na frigideira com shimeji na manteiga
Foto 2: Guacamole com omelete de queijo com presunto
Foto 3: Quiabo, bacon e shimeji na manteiga
COMO
ERAM OS EXERCÍCIOS
Os exercícios nas semanas iniciais se resumiam a fazer
30min de corrida (eu confesso que nunca consegui correr 100%, como não corria
em esteira acabava apenas fazendo uma caminhada rápida) e 12min de exercícios
aeróbicos, sendo 4 diferentes e realizando no tempo 40s:20s.
Depois de um tempo foi inserido 40min de aeróbicos também
em dias que confesso não lembrar, mas me exercitava 2x ao dia. Algo que é
importante mencionar é que os exercícios deveriam ser feitos ao acordar em
jejum (ingeria pré treino da marca) ou com 4h de jejum (era o que eu mais
fazia, pois entrava cedo no trabalho e mesmo sendo apenas 12min de exercícios
ou 30min de corrida, somando ia sair quase 1h cada coisa e eu não tinha tempo
útil para isso).
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Shake e WheyProtein da Akmos |
COMO FOI MEU PSICOLÓGICO
Quando eu aceitei esse desafio, eu tinha acabado de ler “O ano que eu disse sim” de Shonda Rhimes, onde em um capítulo ela comenta
sobre seu emagrecimento e eis um trecho que mexeu comigo:
“Veja bem. Não vou receber ordens sobre que tamanho vestir. Não me importo com as críticas de mais ninguém a respeito do meu corpo. Não estou interessada nas ideias de mais ninguém sobre como deve ser minha aparência.Acredito que o corpo é unicamente da pessoa, e todos têm o direito de amar o próprio corpo, não importa o tamanho, o formato e a embalagem que venha. [...] Mas a questão não é me amar. Eu não me sinto bem. E, embora parte de mim diga isso emocionalmente, a maior parte de mim sente isso fisicamente”
E foi então que eu percebi que não havia nada errado em
querer emagrecer por mim, em querer me sentir melhor ao correr, ou me livrar
daquelas gordurinhas que não me deixava me sentir tão mais á vontade. Desde o
começo deixei claro para minha AKTrainer:
Não quero deixar meu corpo violão por nada, amo minhas curvas e assim manterei.
Mas foi o que meu endocrinologista e meu cardiologista já havia me dito: Eu precisava emagrecer por questão de
saúde e não apenas por amar meu corpo.
Eu sou cardíaca desde os 6 anos de idade e depois dos 18
anos engordei 10kg em um piscar de olhos. Com isso obtive um acúmulo de gordura
perigoso para cardiopatas em meu abdômen, além de já não conseguir subir uma
ladeira ou até mesmo correr atrás do ônibus. Não era mais uma recusa por amar
meu corpo do jeitinho que era, foi por saúde. *Não estou falando que todo mundo
que é gordo tem esse problema, mas que a minha gordura no abdômen estava perigosa – se forem pesquisar, irão
descobrir que tem pessoas que tem apenas pele e não gordura interna como era
meu caso.*
E logo que comecei com a dieta, eu tinha acabado de
terminar meu relacionamento longo. Em uma semana após assinar Netflix e comer
apenas besteiras eu engordei mais 5kg. Sim,
uma semana. O programa me apareceu e tudo que já tinha sido me dito, foi
realçado. Ter um motivo para sair de casa me pareceu um bom negócio e realmente
foi.
Foi reaprender a amar cada parte do meu corpo, a fazer
algo por mim, a sair de casa todos os dias para me exercitar e me manter
conectada em um grupo de WhatsApp
para poder desabafar sempre que eu precisava. Não vou mentir e falar que foi
fácil. Não. Não foi. Nenhuma mudança que nos tira da zona de conforto é
fácil. Não é fácil decidir mudar, não é fácil decidir se exercitar e
principalmente: Não é fácil aprender a se amar novamente. Eu que sempre fui
defensora de amar o corpo como é, me sentia mal por estar cuidando do meu
corpo. Mas parei para pensar: Porque me sentir mal por estar cuidando da minha saúde?
Como não abrir mão das minhas ideologias ao falar sobre emagrecimento?
A verdade é que não existem fórmulas mágicas, foi um
processo de 2 meses até pro final eu falar:
Eu estou feliz. Me disseram que é mais fácil se aceitar estando dentro dos
padrões (isso foi me dito com crítica). Mas a verdade, é que eu sempre me
aceitei e existe uma linha tênue entre se aceitar, se amar e se cuidar. Você
pode fazer exercícios apenas para não se tornar sedentário, apenas para correr
adrenalina em seu corpo e não ter nenhum propósito em emagrecer, mas não era o
que eu estava precisando.
O Impakt60 escancarou minhas feridas
mas me ensinou a voar com minhas próprias asas ao invés de pegar caronas.
O
QUE MUDOU NO PÓS
Muitas coisas! Primeiro: A reeducação alimentar fez
diferença e hoje consigo ingerir outras proteínas sem precisar de arroz e
feijão em meu prato. Hoje eu até como arroz, feijão e batatas, mas não todos os
dias. Passei a comer apenas de 15 em 15 dias ou quando tenho uma vontade. Não
aconteceu comigo de não sentir vontade de certas comidas, não tenho rejeição de
nada. Como um hambúrguer com pão (na dieta eu comia sem pão) ou batata frita e
tudo bem, é só não tornar isso rotina.
Faço exercícios regularmente, não mais 6x na semana, mas
em torno de 4 à 5x na semana. Também passei a entender melhor meu corpo, o
quanto de exercícios ele aguenta ou o quanto eu aguento comer. Mesmo sem os
suplementos consigo me virar bem, mas
confesso que estou pensando em comprar algum para me ajudar a não ficar inchada
– já me falaram sobre beber 2L de água ao dia e eu já faço isso, cada corpo se
comporta de uma maneira ok?
Acredito
que o que mais mudou, além do meu corpo, foi meu psicológico. Fazendo exercícios consegui até mesmo
controlar melhor minhas crises de ansiedade.
MAS
O QUE REALMENTE MUDOU NO MEU CORPO:
Se você realmente precisa de ajuda para emagrecer e está
com problemas, indico muito fazer o programa – antes de qualquer coisa, tem a necessidade de marcar um cardiologista
para que ele te autorize viu? Indico demais o que fiz e acho que pode ser
uma boa mudança na vida de muitos.