Advogada especialista comenta sobre a progressão da mulher
Uma vez eu vi uma mulher - pasmem é verdade - dizer que achava um absurdo existir o Dia da Mulher já que não passava de uma estratégia de marketing. Acontece que não, por incrível que pareça não é isso. Nós, mulheres, sofremos segregações ao longo das nossas vidas inúmeras (exemplo: genocídio que ocorreu entre os séculos XV e XVII, denominado Caça às Bruxas - indico o o filme A noiva do diabo) que infelizmente persistem até hoje.
Nós já passamos por sem alma, por meia pessoa (quando um homem tinha que validar o depoimento de uma mulher), por sermos apenas reprodutoras e nada mais entre várias outras coisas. Com o passar do tempo fomos adquirindo nossos direitos, porém vamos confessar que ainda se está muito longe de termos nossos direitos 100% obtidos ou respeito por parte dos homens quando estamos andando na rua.
O Dia Internacional da Mulher acontece todo dia 8 de março para relembrar a luta feminina contra a desigualdade de gênero. A data foi comemorada pela primeira vez em 1908, nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. Com a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), mais protestos aconteceram pelo mundo e em 8 de março de 1917 aproximadamente 90 mil operárias fizeram manifestações contra Czar Nicolau II, último imperador russo, contra as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O protesto ficou conhecido como ‘‘Pão e Paz’’, mas a data só foi oficializada em 1921.

Apesar de todas essas conquistas, mulheres de todo Brasil e do mundo ainda sofrem com a desigualdade de gênero, perdendo empregos, promoções profissionais e cargos na sociedade só pelo fato de serem mulheres. Por isso, a luta continua e a data de 8 de março ainda não pode ser inteiramente lembrada como uma comemoração, mas sim como uma memória que precisa permanecer viva dentro das pessoas e, principalmente, das mulheres para que um dia todos tenham os mesmos direitos, assim como têm os mesmos deveres, sem discriminação.
Dra. Giselle Farinhas
Advogada Fundadora do Escritório GISELLE FARINHAS SIA