Quando falamos de moda não estamos falando apenas de algo de passarela ou o que as fashionistas estão usando. Moda como aprendi enquanto entrevistava pessoas pro meu TCC (trabalho de conclusão de curso) é o ato de liberdade, de independência para quem pode se vestir sozinho e também de conscientização. O consumo exagerado de peças vem chamando a atenção e sendo duramente criticado por todos, a busca por empresas que pensem na relação meio ambiente x moda tem aumentado.
E é nesse contexto que surgiu a MUMO, uma empresa jovem no mercado que tem como meta diminuir o uso de agrotóxicos na moda, mas para que você entenda melhor vamos fazer uma contextualização:
Uma polêmica sobre o uso dos agrotóxicos no país surgiu após o Projeto de Lei (PL) 6299 2002 ser aprovado no Congresso Nacional. A proposta nomeada como Lei do Alimento Mais Seguro modifica o monitoramento dos defensivos agrícolas, tirando do poder do Ibama e Anvisa, e colocando na mão do Ministério da Agricultura.
A regularização é criticada devido o grande prejuízo que ela pode vir a trazer para a saúde humana e o meio ambiente - por exemplo, com o aumento do uso dos inseticidas. No momento, o PL tramita em prioridade para ser pautado Plenário da Câmara. Se aprovado, de acordo com as críticas aos danos, um dos segmentos mais atingidos será o mercado da moda.
Moda: impacto visual e ambiental
A moda não afeta só o jeito de vestir e calçar da sociedade, mas também o comportamento, economia e até mesmo o meio ambiente. A mesma indústria que fatura cerca de R$ 200 bilhões no Brasil, também é, de acordo com a BBC, a segunda maior poluente do mundo, perdendo apenas para indústria do petróleo.
Segundo com o Sindag e Abrasco, quando o assunto é agrotóxico, por ano o algodão - que é uma das principais matérias primas da moda - gasta 28 litros por hectares. Em torno de 24% de todos os pesticidas do mundo. Com isso, o cultivo e manipulação da fibra acaba atuando também na poluição da água, infertilidade do solo e ainda na saúde das pessoas - principalmente nas vidas de famílias que moram próximas às plantações ou trabalham diretamente com o algodão.
Na contramão das oportunidades de grandes lucros que a aprovação da PL pode trazer para o mercado, a MUMO busca soluções para amenizar os prejuízos que podem ser deixados, investindo em matéria prima sustentável e incentivando o consumo consciente. "Temos a missão de conscientizar as pessoas, sobre o impacto da indústria da moda e do poder das pequenas escolhas. E, nisso motivá-las a consumir de forma conscientemente, deixando um legado positivo para sociedade", comenda Rodrigo Tozzi, CEO da MUMO.

Outro destaque está no investimento em algodão com selo BCI (plantado sob rígido controle de produtos químicos, tratamento dos efluentes, mão de obra regulamentada)

Para que vocês não apenas conhecessem a teoria e olhassem as roupas aqui postadas resolvi fazer um apanhado de peças no site e trazer o preço, assim tudo pode ficar mais claro.
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As peças no site estão com desconto, mas não deixam de ser o preço facilmente de qualquer loja de fast fashion. Eu separei as peças mais descoladas e com preço razoável, mas há para todos os gostos indo até mesmo para o básico. Se você for passear por qualquer loja encontrará esses preços e sem a pegada consciente e sustentável dessa marca. Tudo vai sob uma ótica do ponto de vista da necessidade e dos hábitos já existentes.
Sobre a MUMO:
A MUMO é a startup de moda mais cool e responsável do mercado, tendo a missão de trazer, a cada ano, uma causa socioambiental e colocando-a no centro de tudo o que faz. Nascida em agosto de 2017, a marca se propõe a contribuir na diminuição do impacto da indústria da moda em toda sua cadeia produtiva, desde materiais, mão de obra justa, operações e doações de parte do faturamento para ONG. Além do e-commerce próprio, as peças da MUMO estão à venda na Dafiti, Zatini e, em breve, estarão em outros players de alcance mundial.
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Quando digo que a moda deve investir e pensar mais no coletivo e meio ambiente, são sobre essas atitudes que estou falando. Ninguém precisa esperar o outro fazer, podemos começar por nós mesmos