Especial Intercâmbio – Choque cultural: 5 diferenças entre as culturas do Brasil e da Espanha
diario de viagem 12 agosto
Olá, pessoas! Continuando a contar minhas aventuras
por Salamanca, hoje vou falar um pouco sobre as diferenças culturais (além da língua, é claro!) que mais notei
durante meu intercâmbio e que me renderam alguns micos. Porque quando se está
em um país estrangeiro, com uma cultura diferente, todo cuidado é pouco na hora de lidar com as pessoas.
1. Higiene
Uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai
para fora do Brasil são os hábitos de
higiene dos estrangeiros. Na Espanha, por exemplo, eles têm o costume de
jogar o papel higiênico no vaso sanitário após o uso. Para eles, é uma questão
de higiene, para nós, uma questão sanitária. Os esgotos na Espanha são muito bons e o papel, mais fininho que o
nosso, se dissolve mais facilmente sem deixar resíduos. Muitos estabelecimentos
nem possuem lixeiras ao lado do vaso sanitário, e pedem para que os absorventes
íntimos sejam jogados em um recipiente que fica do lado de fora do reservado. Para quem vem do Brasil, esse hábito
é, no mínimo, estranho.
2. Comida
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Os churros espanhóis são bem diferentes dos brasileiros |
A culinária espanhola é rica em carboidratos. Quando digo carboidratos quero dizer batata. Provei batatas preparadas de
várias formas, mas a principal delas foi a batata
frita. Além disso, para quem está acostumado com a comida brasileira (a
melhor do mundo, diga-se de passagem), a comida da Espanha pode parecer um
pouco sem tempero. Sim, eles usam
bem menos sal que a gente, e açúcar também. Não era raro ver alguém pedindo
mais sal no almoço no alojamento para dar aquela temperadinha nas batatas. As
frituras também me pareciam mais oleosas
e o café, para uma paulista neta de mineira, era fraco. Mas os pratos com
frutos do mar e os sorvetes tinham os seus encantos...
3. Horários
Os espanhóis são pessoas muito pontuais e fiéis a horários. Nenhum evento começava antes ou depois
do previsto. As aulas? Sempre no horário marcado. Nós, estudantes brasileiros,
estávamos sempre perdidos e, por isso, sempre
atrasados. Os horários das refeições também são diferentes. “Um espanhol
nunca almoça antes das 14h ou janta antes das 21h!”, foi o que Tico, meu professor de cultura espanhola,
disse com orgulho. E é verdade, todas as lojas fecham entre 14h e 16h para o
almoço e a famosa siesta, um cochilo depois da refeição. Mas como
no verão o sol se põe bem tarde (por volta das 22h), não há problema em jantar
mais para o fim do dia.
4. Trânsito
Meus amigos e eu tivemos dificuldade para entender o trânsito na Espanha. O problema é que
lá as pessoas realmente respeitam a
faixa de pedestres, e foi até um susto quando percebemos que poderíamos atravessar na faixa com o semáforo aberto
para os carros, que parariam mesmo assim. Também recebemos muitas buzinadas
por praticar um costume muito brasileiro:
andar no meio da rua. Os espanhóis respeitam sim os pedestres, desde que
estejam atravessando a rua no devido lugar.
5. Cordialidade
As pessoas na
Espanha são cordiais, sim. Os brasileiros
costumam achar os espanhóis grossos, mas eu digo, eles são só menos pacientes. Aqui no Brasil temos
muitos filtros e fazemos de tudo para não magoar as pessoas com quem estamos lidando.
Esses filtros são beeem menores na Espanha e as pessoas lá não medem muito o
que falam, principalmente com desconhecidos. Mas, em geral, conheci pessoas muito simpáticas e me senti acolhida
pelos professores e funcionários da universidade. Também fui bem tratada na rua
e na maioria dos estabelecimentos comerciais.
As pessoas na Espanha se encantam com o nosso país,
e nossas culturas são bem mais próximas
do que parecem. Gostou do texto? Semana que vem tem mais!
Para ver algumas fotos da minha viagem, me segue lá
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