A exposição 34º Panorama da Arte Brasileira - Da pedra Da terra Daqui, ocorre no MAM até 18 de dezembro. Fui nessa exposição para uma matéria da faculdade e resolvi trazer para o blog para contar minha impressão sobre ela.
A exposição é dividida em suas salas, é importante falar isso porque eu quase saí sem ver a segunda parte! Fui achando que ia ver pedras e me deparei com uma exposição com uma intervenção artística maravilhosa, as pedras são a interligação entre todas as obras. Como assim? Acontece que as pedras foram retiradas de locais onde vivem os sambaquis, um povo desconhecido pelo país (ou esquecido).
Quatro coisas me chamaram a atenção: O primeiro filme logo na entrada de Cao Guimarães que conta um pouco sobre a origem do povo sambaqui e como eles vivem, é legal pesquisar o artista para entender o vídeo. A outra é uma sala (imagem abaixo) com um cheiro forte de terra molhada e sem água, uma reflexão sobre a falta de água, fiquem atentos aos televisores espalhados pelo chão, eles possuem uma mensagem forte.
A outra que gostei na verdade são duas em uma só: é da artista Berna Reale, que é perita criminal na cidade do país mais violenta que existe. Eu quase não vi essa sala e quase morri ao entrar (risos) a entrada é super escura e uma música animada toca fortemente, as paredes são forradas com papelão (veja o vídeo no meu Instragram!) e imitam o buraco de bala, isso sem contar que por baixo dessa música animada há pessoas relatando ocorridos policiais, como uma forma de abafar a verdade da periferia sabe? E da mesma artista encontra-se ao fundo um vídeo interessante que debate a importância do trabalho.
As pedras são importantes para a exposição no geral e fazem parte da obra de Erika Verzutti em que se trata de cemitérios e outros objetos de decoração e ficam no meio do local onde está tudo exposto. É mais uma crítica excelente, na segunda sala têm vídeos e uma explicação detalhada sobre o povo e sua importância.
A exposição ficará em cartaz até o dia 18 de dezembro e está no MAM (Museu da Arte Moderna) no parque do Ibirapuera. O horário de funcionamento é o mesmo de qualquer museu.
E então, gostaram?