fonte: Fabio Oliveira |
Fonte: facebook Vrinda Brasil |
O lugar onde fui é o Centro Cultural Vrinda de São Paulo, acho melhor eu explicar como eu conhecia esse local. Minha amiga, conhece uma pessoa que frequenta esse local, e quando eu vi uma foto dela nesse local, fiquei muito curiosa, afinal eu simplesmente adoro conhecer novas culturas. E bom eu não me arrependi de ir lá, foi um lugar realmente bom.
Chegamos lá por volta das 15h do domingo -todo domingo ocorre o festival por lá, então é aberto ao público. Na garagem, funciona algo como um bazar, em que é vendida camisetas com o nome do local e estampas de vegetarianismo, as paredes são todas pintadas com gravuras alegres. A cultura indiana é realmente muito rica em cores.
Fonte: facebook Vrinda Brasil |
Fui muito bem recebida. Algo que é característica dessa cultura é a alegria deles e o humor. Eu queria saber um pouco mais sobre o casamento e assim foi feito. A imagem acima é de uma casamento, é a fogueira em que os noivos dão sete voltas -cada volta significa algo para os noivos como prosperidade e assim por diante- e eles colocam muitas frutas em volta. Eles amarram a roupa da mulher com a do homem ao dar essas voltas e jogam mel e iogurte- que significa a necessidade do alimento para a vida humana. E eles dançam em volta da fogueira, esse ritual é chamado de cerimônia do fogo e significa o renascimento. A mulher usa a cor vermelha que simboliza o sangue, que na cultura indiana, é atribuído à emoção e a fertilidade, amplamente pensado para ser associado com o coração e circulação sanguínea. Já o homem usa branco.
Cada pessoa tem sua visão do amor, alguns acreditam nele e querem viver inteiramente e outros não. Há aqueles nessa cultura que não vão iniciar suas atividades sexuais, pois eles consideram isso um gasto de energia e eles preferem colocar essa energia em outra coisa, normalmente algo que ajudará o próximo.Algo que eles mais buscam é a desapegar dos bens materiais. Eles acreditam que somente assim você se sentirá em paz para seguir seu caminho.
facebook Vrinda Brasil |
Uma das coisas que mais me chamaram a atenção foi a sala onde são realizados os cantos. Como disse, a cultura em si é bem colorida, então essa sala não poderia ser diferente. Fiquei observando os quadros nas paredes e esse altar. Eles colocam alimentos, pois acreditam que o Deus dele come -não é loucura, pois para quem conhece a cultura grega eles também faziam isso.
Falando em comida, eles são vegetarianos. Infelizmente, eles não conseguiram me convencer a me tornar. Mas eu super entendi o motivos deles. Conversando com uma das mulheres, ao ser perguntada sobre o que seria o carma para ela, foi dito que comer um animal seria um carma e tanto. Muitos poderão ler e achar uma loucura, mas o amor com qual ela fala isso, o brilho em seu olho ao contar seus motivos e desde quando acha isso nos enche de amor, e juro que apesar de não ser convencida fiquei pensando nisso. Outra, ao ser perguntada disse que considera como carma você deixar de ser purificada -beber, comer carne e não seguir suas promessas- acredito, que foi a melhor definição.
Alguns dizem que é uma religião super machista, ao conviver com eles não achei. Num casamento para eles o homem deve servir a mulher e vice e versa. Isso sem contar, que apesar de você não poder se casar legalmente com o ritual como deve ser, visto que a mulher deve usar vermelho e o homem branco, você pode fazer uma associação com a pessoa do mesmo sexo, isso claro com seu guru -gurú e não gúru- "autorizar".
Foi uma das melhores recepções que tive, gostei muito de conhecer essa cultura. Uma coisa é você ler e saber o que significa, outra bem diferente é você ter o contato e ir ouvindo de cada um como foi parar ali, o que aconteceu para seguirem esse destino como conheceram, e olhar nos olhos de cada um e ver o quanto eles são felizes seguindo isso que fazem para mim valeu muito a pena. É com certeza um programa de domingo que super indico para quem mora em SP (No começo do post tem o site, em que é explicado como se chega e não tem só em SP, em outros estados também).
Bom, e você já conheciam essa cultura? O que acham? Me contem tudo!
Beijos,
Carla Wolf