Olá, pessoas! Mês que vem faz um ano que eu escrevo para o Vestindo
Ideias (o tempo voa, não? Parece que foi ontem que publiquei meu primeiro
texto!). Para comemorar antecipadamente, eu preparei esse especial, com um assunto que eu adoro: Harry Potter. Quem acompanha minha coluna sabe que eu sou muito fã
da saga criada por J.K. Rowling, e
hoje eu queria compartilhar com vocês uma experiência que tive. Ano passado saiu
a tão esperada oitava história, Harry
Potter e a Criança Amaldiçoada, e também um novo longa do universo da saga,
Animais Fantásticos e Onde Habitam.
Inspirada pela leitura do novo livro e pelo filme, decidi reler os sete livros
anteriores, um atrás do outro, numa maratona
literária. Foi muito interessante pode ter contato com aquele universo que
fez parte da minha adolescência, sendo agora uma jovem adulta. Quero dividir
algumas impressões.
A Oitava História
Harry Potter e a
Criança Amaldiçoada é o roteiro de
uma peça de teatro que estreou em Londres no ano passado, que foi traduzido e
publicado aqui no Brasil em outubro. Por ser a continuação da história do Menino-Que-Sobreviveu, os fãs ficaram
empolgadíssimos e isso criou uma expectativa muito grande para o lançamento do
livro. A peça começa exatamente no mesmo ponto em que o último livro termina e
conta a história das aventuras dos filhos de Harry, Ron, Hermione e Draco em
seus anos em Hogwarts. O livro gerou
muita polêmica e dividiu opiniões entre os fãs, uns amaram, outros odiaram.
Vou dar minhas opiniões procurando ser o mais justa e sincera possível.
Por ser um roteiro de teatro, a leitura é bem rápida
e fluida, o que é um ponto positivo. Alguns personagens são excelentes
(Escórpio Malfoy, eu escolhi te amar), outros não cativam tanto, mas isso
acontece em quase todas as obras. A composição de alguns personagens que já
existiam não ficou muito legal, eu não consegui identificar a personalidade do
Ron dos livros com a do personagem da peça, por exemplo, parece outra pessoa.
Mas a maior controvérsia está no roteiro.
A história tem alguns momentos muito bons e empolgantes, mas eu consegui
identificar vários furos, um deles é tão grande que nem meu amor pela saga
consegue perdoar. Não sei como J.K. Rowling, que sempre foi cuidadosa em deixar
suas histórias bem amarradinhas pôde permitir que seu nome fosse vinculado a um roteiro com uma falha tão enorme. Eu
prefiro pensar que a saga acabou com o fim do último livro, publicado em 2007.
Apesar de todos os problemas, a leitura
valeu a pena, me proporcionou momentos de nostalgia gostosa e uma vontade
de reler tudo (o que acabei fazendo). Com certeza lerei de novo a peça, e
imagino como deve ser legal a montagem
dela no teatro, com os efeitos especiais. Se a peça vier para o Brasil um
dia e alguém quiser me levar para assistir, fica a dica. ;)
“After all this time? Always”, ou o que aprendi relendo Harry Potter
Depois de ter compartilhado minhas impressões sobre
o oitavo livro da saga, quero falar um pouco sobre minha experiência relendo os sete livros. Levei menos de
três meses para ler tudo outra vez e cada página me trouxe uma sensação
diferente. Meu primeiro contato com a série foi no cinema, e logo depois
comecei a ler os livros. Entre meus 11 e 14 anos li todos os títulos, e reli
meus favoritos nos anos que se seguiram. Essa foi, porém, a primeira vez que os li em ordem, também a primeira vez que peguei
um livro da minha adolescência depois do fim dessa fase. Confesso que fiquei
com medo de achar uma porcaria, agora que sou quase uma profissional de Letras formada minha leitura se tornou
mais crítica e eu temi “destruir” a memória de algo que eu tanto amava. Mas
devo dizer que nada foi destruído.
Pelo contrário, meu vínculo com a saga só aumentou.
Foi Harry
Potter que me ajudou a pegar gosto pela leitura, graças a Rowling tenho
amor pelos livros desde muito nova. Revisitar
essa leitura me fez enxergar o
quanto evoluí como leitora, como profissional e também como ser humano. Eu
cresci, minha visão de mundo mudou e se ampliou com o tempo, minha bagagem
também aumentou, e isso fez toda a diferença na hora da leitura. Antes eu me
identificava muito com a Hermione, hoje me sinto mais como a Prof.ª Minerva
(mas ainda amo a Mione). Eu me diverti
muito mais com as referências agora, entendi coisas que não tinha
maturidade para entender da primeira vez, pude identificar as características
do texto com mais clareza e
enxerguei além do que estava escrito. Revisitar Harry Potter com a cabeça que
tenho hoje me fez muito bem, foi
como rever velhos amigos com quem não falava há muito tempo. Essa é uma
experiência a ser repetida muitas vezes na vida, ela nos ajuda a nos conhecer melhor, ver como somos capazes de mudar e
evoluir. E você, já reencontrou um livro da sua infância? Conte como foi nos
comentários!