Não é segredo pra ninguém que eu sou apaixonada por exposições e que faço questão de ir em (quase) todas que ocorrem aqui em São Paulo. Demorei um pouco para ir nessa porque estava sem tempo, mas faltando 10 dias para acabar dei uma corridinha lá para curtir um pouco.
Primeiro: Vocês sabem quem é Frida Kahlo? Eu estudei sobre ela na minha faculdade, então já tinha uma visão ampla sobre sua arte. Breve história: Frida é uma mulher que sofreu muito em sua vida, daí aquelas piadinhas de Sofro mas não me kahlo, sua vida foi marcada por romances intensos e também por acidentes que lhe causaram grandes danos, como: sua primeira doença foi poliomelite que ocasionou um problema em seus pés e a forçou ao longo de sua vida a usar calça e saia longa (fotos abaixo) e quando mais velha sofreu um acidente de carro, em que se chocou com um trem, o pára choque de um dos carros lhe perfurou as costas.
Contem um pouco sobre ela acima para poder explicar suas roupas: por causa de todos os acidentes, seu corpo era todo reconstituído e por isso ela sempre optou por roupas longas que cobrissem seu corpo. Suas roupas eram uma mistura de estampas, tecidos e texturas. Eram coloridas em meio ao seu sofrimento e dor, e isso a tornava uma mulher especial.
Frida era uma mulher além de seu tempo (bissexual assumida), se casou com Diego Rivera duas vezes (quem puder assista Sense8 tem uma passagem curta sobre isso) e foi um relacionamento muito conturbado. Na exposição há fotos do quarto do casal e percebe-se a presença grande de caveiras e um lugar um quanto como conturbado. As fotografias tiradas dela (acima) mostram que ela era uma mulher muito mais bonita do que se sentia.
Finalizo um pouco desses devaneios relacionando a vida ao que encontrei na exposição com uma fato legal: Há alguns dos autorretratos de Frida na exposição (assim como seus quadros de "natureza viva") e acho legal perceber como ela conseguia se retratar de diferentes maneiras, uma hora ela tinha sobrancelhas grossas e bigode, em outra era mais feminina abraçada pela mãe natureza com seu marido em seus braços. A maioria eu pensava "será que é assim que ela se via?", seus auto retratos são únicos. Seus traços se assemelham bastante ao que as outras artistas da exposição fazia. Confesso que gostei de todas (apesar de ter dado ênfase a Frida), principalmente pela questão de falar de gênero nas obras, ao retratar mulheres nuas e afins.
Quem puder ir nesses dias finais de exposição eu super indico e peço: leiam sobre sua vida antes de ir. É importante ter uma noção básica de sua história antes de ir, principalmente porque as demais artistas tem as mesmas influências que ela. Eu gostei demais de me atentar aos detalhes e conhecer a obra dessa artista tão conhecida pessoalmente.
"Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade."- Frida Kahlo
E vocês, já conheciam o surrealismo mexicano?