E se você estivesse na escola, presenciasse um atentado e acabasse presa por isso? Essa é a história dessa pequena minissérie. Maja é uma estudante que sempre tirou boas notas e era rodeada de bons amigos, mas não era popular. Então em um de seus verões ela começou a namorar o Sebastian, um relacionamento que já começou de forma estranha.

No primeiro momento somos apresentados ao atentado e a Maja sendo presa e confusa com tudo que possa ter acontecido. Ela é então levada à um centro de detenção para adultos, já que fazia algumas semanas que havia se tornado maior de idade, e começa seu interrogatório.

Durante esse período somos apresentados em como eles se conheceram, começaram a namorar e como Sebastian foi adentrando sua vida de uma forma grotesca e perturbadora. Nessa minissérie eu percebi muitos elementos de Control X ou mesmo de outras séries adolescentes, porém tratados de forma mais séria e menos grotesca.

Nessa série não vemos redenção e somos levados à conhecer a claustrofobia que pode ser estar presa sem contato nem com seus pais ou mesmo saber sobre o mundo exterior. Durante os interrogatório Maja é levada ao extremo em suas lembranças e sentimentos, se tornando um misto de culpa e também de entender como ela se deixou levar aquilo.

Em todo o momento nos perguntamos se ela arquitetou juntamente ao então namorado tudo aquilo ou se estava lá por acaso. As perguntas vão aumentando, mas outras vão sendo respondidas. Como por exemplo: Maja estava em uma relacionamento abusivo, de controle e principalmente de tentativa de submissão.

Em muitos momentos percebemos que mesmo rodeada de pessoas incríveis ela se sente sozinha e se questiona se realmente alguém poderia a tratar diferente. E nos escancarando como funciona as festas de jovens em grande parte e o porquê eles são levados as drogas, bebidas e festas mesmo tendo tudo, inclusive oportunidades.

Nem  tudo é colorido e muitas vezes é preto no branco, a forma como a série aborda a narrativa me lembrou “Precisamos falar sobre o Kevin” em que em todo o momento a atmosfera é pesada, mesmo que o momento aparenta ser divertido. Pelo menos minha impressão foi estar à todo instante esperando o que o Sebastian ia aprontar e como a Maja iria lidar com isso.

Muitas vezes pensamos que relacionamentos abusivos ocorrem quando um dos dois é mais velho ou mesmo depois de certa idade e esquecemos que na adolescência há muito disso e que é quando formamos nosso caráter e é exatamente nesse ponto que a série bate. A Maja realmente desejava fazer isso? Não parecia, tendo em vista suas notas altas e sua expectativa de estudos que eram imensas.

Não é uma série leve e muito menos fácil em ser digerida, não indico para todos, pois pode conter gatilhos para quem assiste. Caso você não possua nenhum tipo de problema em relação à estupro, relacionamento abusivo e tóxico (ou mesmo violência) indico que assista, caso contrário é melhor passar longe.

A série que criou personagens fortes foi cancelada pela Netflix e seus últimos episódios foram liberados no dia 31/12.

Desde o lançamento a série foi um fenômeno, tanto pela sua proposta em ser de terror quanto pelas expectativas. O personagem Salem, o gato falante, não se fez tão presente assim nas temporadas, decepcionando fãs da série de comédia dos anos 80 que apresentou a personagem Sabrina Spellman.

Mas conforme o tempo passou foi compreendido que a atmosfera era outra, assim como enredo, e que não caberia naquele ponto um gato falante e sim que apenas os personagens humanos tivessem falas.

Nas primeiras temporadas vimos diversos personagens ganhando destaque: Theo, Ambrose, Nick, Sabrina entre tantos outros. A história é sobre uma Sabrina adolescente descobrindo seus poderes e aprendendo a utilizar da melhor maneira e a personagem principal foi se tornando mais madura ao longo da série.

Na quarta temporada entretanto todas as narrativas que estavam ganhando destaque e se tornando mais fortes, foram quebradas. Ao contrário das demais que prendiam o telespectador nessa por ter um tema recorrente o que poderia se tornar interessante, acabou por se tornar monótono demais.

Além disso, muitos personagens que amadureceram ao longo da série foram colocados como na primeira temporada os transformando em imaturos e com atitudes que não parecem ser com tudo que eles cresceram. Uma comparação legal é pensar como a saída de Karev da Grey’s Anatomy, onde colocaram o ator como se ele tivesse os mesmos modos e maneiras da primeira temporada, anulando todas as mudanças que haviam ocorrido. Então sim, isso foi algo que deixou a desejar.

Nessa última temporada houve também uma tentativa de deixar o Salem mais visível, mesmo com a alergia da atriz, e nisso foi bem legal. Além disso, houve também uma homenagem aos fãs da série original bem legal mas ocorreu no momento errado.

Muitos pontos que foram levantados anteriormente parecem ter sido esquecidos nesse final o que confesso que me deixou chateada, além do roteiro parecer totalmente desconexo das demais temporadas. O jeito como terminou não me incomodou, mas há uma questão que fica no ar e um clichê que também fica sem sentido.

Apesar de a série levar o nome da Sabrina, acredito que poderia ter dado mais atenção aos demais personagens que estão no círculo próximo à ela, mas isso não ocorreu. Além disso, algumas questões como as relações paternas da protagonista também ficaram esquisitas, além de Lúcifer e Lilith terem se perdido.

Se antes esse casal infernal causava arrepios, dessa vez eles ficaram esquecidos parecendo duas marionetes sem poderes. Isso sem contar atitudes desconexas que ambos tiveram e culminou em seus próprios horrores, porém que caso o script se mantivesse das temporadas anteriores isso não teria ocorrido.

No geral, o grande erro foi do roteirista que deixou tudo muito fraco e de uma maneira que não agradou grande parte dos fãs e me encaixo nisso. A série foi oficialmente cancelada pela Netflix, mas o que poderia ser motivo de uma despedida dolorosa se tornou raivosa, tendo em vista que tudo que até então havia sido construído foi fragmentado perdendo seu sentido.

Apesar dos pesares, caso você tenha assistido à série até a parte 3, indico assistir essa última temporada e tirar suas próprias conclusões.

Se existe algo que essa quarentena permite é assistir muitas séries e filmes não é mesmo? E nada melhor do que ter uma conta na Netflix para sempre ter algo novo para assistir. Tenho visto algumas séries legais que achei legal dividir com vocês por aqui.

Como será possível perceber eu não tenho uma super variação de assuntos e muito menos gosto de apenas um tipo, mas são séries que acredito que valem super à pena.

3%

Em um futuro não muito distante, o planeta é um lugar devastado. Aos 20 anos, todo cidadão recebe a chance de passar por uma rigorosa seleção para ascender ao Maralto, uma região farta de oportunidades. Porém, apenas 3% consegue chegar lá.

Essa série já apareceu por aqui outras vezes, mas dessa vez terminei de assistir a terceira temporada e também a última, a quarta. É uma série brasileira distópica muito bem feita, que se fosse estrangeira teríamos muito mais gente falando ao respeito.

É interessante de assistir e pensar que muitas vezes estamos caminhando para algo como aconteceu por lá ou mesmo questionar nossos padrões e o que fazemos. Tive ódio de alguns personagens, mas como tudo é legal assistir para ter suas próprias conclusões.

Doces Magnólias

Sweet Magnolias acompanha Maddie (JoAnna Garcia Swisher), Helen (Heather Headley) e Dana Sue (Brooke Elliott), três mulheres da Carolina do Sul e melhores amigas desde o colegial, que se reúnem nas complexidades do romance, da carreira e da família.

Uma série leve-não-tão-leve que me lembrou muito o estilo Gilmore Girls e eu confesso que amei. Comecei assistindo e achando super parada, mas conforme foi passando eu fui adorando e não conseguia mais desgrudar. Retrata a vida de três amigas e como elas lidam com filhos, amores e trabalho.

Não é algo fora do comum, mas se passa em uma cidade do interior e como toda cidade do interior há segredos que podem vir à tona. Terminou deixando gostinho de quero mais e não vejo a hora da segunda temporada.

A Maldição da Mansão Bly

Em uma mansão no interior da Inglaterra, uma jovem babá tenta fazer a diferença na vida de um casal de órfãos. Mas uma sensação de pavor a acompanha.

Aí está uma série que eu não pensei que fosse gostar tanto! Não sou de gostar de nada que envolva terror, mas pra mim o que valeu é que não é algo que você simplesmente toma susto do nada, muito pelo contrário você vai vendo tudo que está acontecendo.

E espero que as crianças dessa série ganhem algum Oscar porque elas são ‘simplesmente esplêndidas’ e carregam a série toda nas costas. Se passa em uma mansão com duas crianças que perderam os pais em um grave acidente e a sua antiga babá cometeu suicídio. E se pensa: Quais são os segredos dessa mansão? O que está havendo por lá? E a série responde suas perguntas perfeitamente ao final.

Como eu falei não possuo apenas um tipo de série, vou desde algo casual, distopia e até mesmo terror. Se eu pudesse indicar séries que não podem deixar de serem vistas, seriam essas com toda a certeza.

Quem não ama um clichê ideal no melhor estilo que a juventude pode nos entregar? Eu confesso que amo! A Netflix recentemente lançou várias séries adolescentes na plataforma que tenho certeza que alguma chamou sua atenção, nem que seja apenas pelo título.

Muitas das séries foram criticadas e algumas até fortemente elogiadas, mas como sempre gosto de frisar por aqui: Tudo é realmente questão de gosto. Eu particularmente adoro assistir pra me lembrar da minha vida de adolescente rs

1)    ControlZ

Fugindo um pouco das tradicionais americanas, de origem mexicana aborda sobre os conflitos de adolescentes com segredos dentro de um ambiente escolar. Me lembrou um pouco Gossip Girl, já que o mistério se dá em descobrir quem está publicando sobre os segredos. Mas não comuns, são problemas que levam desde a queda de um grande político e até mesmo casos conjugais entre professores. Além, da personagem principal esconder um grande segredo. É uma série que eu espero que tenha segunda temporada.

Sinopse:

Em Control Z, a rotina do chamado Colégio Nacional vira de cabeça para baixo depois que um hacker divulga um segredo íntimo de uma das alunas, levando a uma mudança completa na ordem social típica do ensino médio. Sofia Herrera (Ana Valeria Becerril), uma adolescente introvertida e nada popular, resolve descobrir a identidade do misterioso transgressor antes que mais vazamentos aconteçam. Ninguém está a salvo de suspeita.

2)    Eu nunca...

Quem não costumava jogar esse jogo com seus amigos? Apesar desse nome, não há nenhuma menção ao jogo. Aqui também temos algo diferente e se trata de abordar sem ser de uma forma perjorativa a cultura indiana e mostra a relação entre mãe e filha. Eu gostei  da forma como eles abordaram os assuntos, mesmo com alguns erros que não podem ser ignorados. É uma série leve para se assistir.

Sinopse: Eu Nunca... retrata a vida moderna e complicada de uma adolescente americana filha de indianos, inspirada em momentos reais da infância da atriz e comediante Mindy Kaling.

3)    I’m not okay with this

Quem não se lembra de “Carrie, a estranha”? E não, isso não é um spoiler já que  se trata exatamente do que a sinopse já entrega. A personagem principal começa a perceber que tem poderes e enfrenta sua descoberta pessoal amorosa com as questões dos seus poderes. Não foi uma série que eu super amei, mas preciso dizer que curti em grande parte, mas acho que poderia ter entregado mais na primeira temporada já que iremos esperar a segunda totalmente no escuro.

Sinopse: Sydney (Sophia Lillis) é uma adolescente que enfrenta turbulências típicas dessa fase da vida, como problemas de relacionamento com a família, o dia-a-dia no ensino médio e sua sexualidade em desenvolvimento. Tudo seria mais fácil se uma série de superpoderes misteriosos também não estivessem despertando dentro dela.

4)    The End of the F***ing world

Apesar de ser dois adolescentes como personagens principais, confesso que a acho bem pesada. Já cheguei a comentar aqui que assisti a primeira temporada e recentemente a segunda foi lançada. Eu gostei muito mais dessa segunda que da primeira, mas já deixo avisado que há gatilhos de violência sexual e que a sensação de querer matar a personagem principal, Alyssa, continua rs

Sinopse: Dois anos depois, Alyssa (Jessica Barden) mergulha de cabeça em uma nova vida. Agora, aos dezenove anos, ela está prestes a se casar e morando com a mãe no interior do país. Mas os problemas voltam a persegui-la quando uma jovem chamada Bonnie resolve vingar a morte do amante.

5)    Stanger Things

A clássica da clássica! Apesar de achar que não precisava de mais uma temporada e que houve erros de fechamento da segunda para terceira, acredito que é uma série ótima. Além das referências aos anos 80 temos também uma bela história de amizade e eu confesso que isso é mais legal. Além de ser uma série que é legal de assistir com a família toda.

Sinopse: Em Stranger Things, quando Will (Noah Schnapp), um menino de 12 anos, desaparece misteriosamente, o xerife Jim Hopper (David Harbour) inicia uma operação para encontrá-lo. Enquanto isso, Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin), melhores amigos de Will, decidem procurá-lo por conta própria. Mas as investigações acabam levando o grupo a experimentos secretos do governo e a uma peculiar menina perdida na floresta.